Aulas
Teóricas
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(1) 21 Set
2004
Introdução. A Lógica como
base do raciocínio. Tipos de raciocínio: dedutivo, abdutivo e indutivo e sua
relação com a Lógica. A linguagem da Lógica de 1ª ordem e a linguagem natural.
Limitações da Lógica de 1ª ordem: ausência de graus de incerteza ou
probabilidade e conotações temporais. Proposições
Atómicas. Constantes e sua interpretação. Símbolos predicativos,
predicados, sua aridade e interpretação. Proposições atómicas. Símbolos Funcionais,
funções e sua interpretação. A linguagem da aritmética como instância dos esquemas
de Lógica de 1ª Ordem:
Apresentação
da cadeira, objectivos e programa, bibliografia e métodos de avaliação,
incluindo datas previstas dos testes. Discussão do método de trabalho a usar e
os requisitos necessários para ter sucesso na cadeira.
(2) 24 Set
2004
A Lógica de Proposições Atómicas. Argumentação e demonstrações. Alguns exemplos que ilustram
as características principais da argumentação. Premissas e conclusão de um
argumento. Validade e solidez de um argumento. Passos intermédios de uma
demonstração formal e sua justificação baseada em regras de inferência. O
predicado igualdade e suas propriedades primitivas (substituição e
reflexividade) e derivadas (simetria e transitividade). Formalização de uma
demonstração no sistema Fitch. Premissas, passos intermédios e conclusão.
Justificações através de regras de inferência. Regras de inferência para o
predicado da igualdade. A introdução da igualdade como formalização da
propriedade reflexiva da igualdade. A eliminação da igualdade como formalização
da propriedade de subsituição da igualdade. Verificação que as outras
propriedades da igualdade.
(3) 8 Out
2004
Os Operadores Booleanos. Composição de proposições a partir de outras mais
simples. Os operadores booleanos de negação, conjunção e disjunção. Sua
semântica e carácter funcional (funções de verdade). Expressão das funções de
verdade através de tabelas de verdade. Utilização de vários partículas para
exprimir conjunções e disjunções em língua natural. Equivalência de expressões
envolvendo expressões booleanas: dupla negação e as leis de de Morgan.
Conjunções e disjunções com mais de duas componentes: comutatividade e
associatividade. Ambiguidade na interpretação de expressões envolvendo vários
operadores: regras de precedência entre operadores e utilização de parênteses.
(4) 12 Out 2004
A Lógica dos Operadores
Booleanos. Estudo das noções de Necessidade,
Possibilidade Inpossibilidade. Distinção entre essas noções ao nível lógico,
tautológico ou em determinados contextos que determinam a interpretação de
predicados específicos. Breve referência a lógicas modais e aos operadores de
necessidade e possibilidade. Verificação que as noções de necessidade e
possibilidade não são funcionais, já que impõe a análise de vários contextos.
Validação das verdades e possibilidades tautológicas através de tabelas de
verdade. Limitações a nível lógico devidas ao predicado de igualdade.
Limitações em domínios específicos.
Noções de equivalência de proposições ao nível lógico, tautológico e analógico
em contextos específicos (ex. Mundo de Tarski).
(5)
15 Out 2004
A Lógica dos Operadores
Booleanos. Noções de consequência
entre proposições. Distinção do nível tautológico, lógico em contextos
específicos (ex. Mundo de Tarski) da consequência. Verificação de consequência
tautológica entre proposições através de tabelas de verdade. Relação existente entre equivalência de
proposições e consequência entre essas proposições. Demonstração da invalidade
da consequência através de um contra-exemplo. Utilização da dupla negação e das
leis de de Morgan para eliminação de negações de disjunções e de conjunções.
Forma nornal negativa. Obtenção das formas normais conjuntiva e disjuntiva.
Transformação de uma na outra.
(6) 19 Out 2004
Métodos Naturais de
Demonstração. Noção de Demonstração. Pequenos passos de
demonstração facilmente justificáveis vs. grandes passos que permitem
demonstrações mais concisas mas de compreensão e utilização mais problemática
(ex. Aritmética). Métodos complexos utilizados em demonstrações informais. O
método de demonstração por absurdo e exemplos de aplicação em aritmética. O
método de demonstração por casos e demonstrações informais de resultados da
aritmética usando este método. Ilustração da combinação do raciocínio por
absurdo e do raciocínio por casos.
(7) 22 Out 2004
Demonstrações Formais com
Operadores Booleanos. A
formalização de um sistema de dedução natural. O sistema Fitch e as regras de
introdução e eliminação dos operadores booleanos. As regras da conjunção e
demonstração da comutatividade, associatividade e idempotência. As regras da disjunção
disjunção e o raciocínio por casos. Distribuição da disjunção em relação à
conjunção e desta em relação àquela. A dupla negação e eliminação da negação.
Introdução da negação e o raciocínio por absurdo. Conveniência da introdução de
um símbolo para representação da contradição. Regras de introdução e eliminação
da contradição. Alguns exemplos de aplicação. A utilização de sub-demonstrações
nas regras de introdução da negação e da eliminação da disjunção, e escopo de
validade das proposições dentro de sub-demonstrações.
(8) 26 Out 2004
Demonstrações Formais com
Operadores Booleanos. Exemplos de
aplicação do sistema Fitch para
derivação de conclusões. Demonstração de verdades lógicas e tautológicas a
partir de um conjunto vazio de premissas. Derivação das leis de de Morgan.
Estratégias usadas na derivação de fórmulas. Raciocínio para trás para definir
uma hipótese de derivação. Raciocínio por absurdo e sua utilização conjugada
com a dupla negação. Utilização do raciocínio por casos. Erros frequentes em demonstrações no sistema
Fitch, relacionados com a visibilidade (escopo) das fórmulas utilizadas. A
possibilidade de utilizar demonstrações mais simples por introdução de
tautologias e de fórmulas equivalentes.
(9) 29 Out
2004
Operadores Condicionais. Expressões em língua natural envolvendo a ideia de
condições. Dificuldades na sua interpretação e verificação da sua eventual não
funcionalidade. Operadores de verdade não funcionais. O operador de implicação
como operador funcional e relação com a noção de argumentação. Dificuldades
na sua utilização para tradução literal de proposições que envolvem intenções.
O operador de dupla implicação e a sua relação com o estabelecimento de
condições necessárias e suficientes. A
redundância destes operadores face aos já existentes de negação, conjunção e
disjunção. Completude destes operadores e obtenção de qualquer função nas
formas normais conjuntiva e disjuntiva. Operadores completos (nand e nor).
(10) 2 Nov 2003
A Lógica dos operadores
condicionais. Algumas equivalências
entre proposições envolvendo condicionais. Contraposição e condições como
disjunções. Dupla implicação e conjunção de implicações. Eliminação da
implicação (modus ponens). Raciocínio hipotético: sua exemplificação em
aritmética e formalização na introdução da implicação. Coerência e completude
de um sistema formal e verificação da coerência de algumas das regras de
inferência do sistema Fitch. As regras de introdução e eliminação de operadores
condicionais para demonstrações de consequências tautológicas. Exemplos de
demonstrações envolvendo raciocínio condicional, por casos e por absurdo.
Demonstração de algumas tautologias a partir de um conjunto nulo de premissas.
.
(11) 5 Nov 2004
Introdução à Quantificação. Insuficiência do poder de expressão da lógica
proposicional. Necessidade de representação dos nomes comuns e sua analogia com
conjuntos. Fórmulas bem formadas (FBFs) e sua definição recursiva. Ausência de
significado para FBFs com variáveis livres. Vários tipos de quantificação e os
tipos principais: universal e existencial. Definição da semântica de
quantificadores a partir da noção de satisfação de FBFs. Tradução de frases em
língua natural para proposições da lógica de predicados. Correspondência entre
a quantificação universal e a implicação e entre a quantificação existencial e
a conjunção.
(12) 9 Nov 2004
A Lógica dos Quantificadores. Discussão da representação das formas aristotélicas.
Implicações com implicante vazio e generalizações (inerentemente) vacuosas –
equivalência formulação de conjuntos vazios. Símbolos funcionais em proposições
quantificadas. Quantificação de objectos e não de propriedades. Distinção entre
lógica de 1ª ordem e de ordens superiores. A importância do tipo de
quantificadores para a validade dos argumentos. Exemplos. Generalização de
conceitos do lógica proposicional para a lógica de predicados. Proposições
necessárias tautológicamente como proposições de que se demonstra a verdade sem
apelar à interpretação de quaisquer predicados nem do intrepretação de
quantificadores.
(13) 12 Nov 2004
Quantificação Múltipla. Algoritmo de substituição de proposições quantificadas para
análise das tautologias. Diferenças em relação às proposições necessárias
logicamente (em que se intrepretam a igualdade e os quantificadores) e
analogicamente (em que se interpretam os predicados de um domínio). Idênticas
definições para anoção de consequência tautologica, logica ou meramente
analógica. Extensão das formas Aristoteleanas para frases com múltiplos
quantificadores. Manutenção dos padrões básicos (quantificador universal/implicação
e quantificador existencial/conjunção). Referência ao mesmo objecto por duas
variáveis com nomes diferentes.
(14) 16 Nov 2004
Quantificação Múltipla. Método passo a passo para traduzir frases em língua natural
para frases da Lógica de 1ª ordem e utilização de paráfrases das frases
originais. Exemplos. A quantificação existencial e os símbolos funcionais -
unicidade. Equivalência entre uma proposição com vários quantificadores e a sua
forma Prenex. Algoritmo para obtenção da forma Prenex: eliminação da
implicação, “interiorização” das negações, utilização da quantificação vazia.
Exemplos de aplicação e verificação de casos em que a natureza dos
quantificadores muda na forma Prenex – leitura da fórmula original e da forma
Prenex e verificação da sua equivalência.
(15) 19
Nov 2004
Resolução em Lógica
Proposicional. Forma Clausal de uma
proposição. Cláusulas, literais e proposições atómicas (átomos). Sua obtenção a
partir da CNF (Formal Normal Conjuntiva). O problema da satisfação de um
conjunto de claúsulas. Método das tabelas de verdade. Complexidade Exponencial
no pior caso. O caso particular das cláusulas de Horn. A regra de inferência da
resolução. Sistemas de prova baseados na resolução. Demonstrações vistas como
refutações (derivação da cláusula vazia). Alguns exemplos. A coerência e
completude do sistema de Resolução na lógica proposicional.
(16) 23 Nov 2004
Resolução em Lógica de
Predicados de 1ª Ordem. Conversão na forma clausal de fórmulas
quantificadas. Passagem para a forma Prenex. Passagem para a forma CNF da
matriz. A quantificação existencial. Constantes e funções de Skolem. Não
equivalência da Skolemização e sua utilização num processo de refutação.
Separação de cláusulas. Eliminação dos quantificadores universais. A
regra de inferência da resolução para a Lógica de Predicados
(17)
26 Nov 2002
Resolução em Lógica de
Predicados de 1ª Ordem. .
Unificação. A unificação de termos em casos simples. Substituições e sua utilização em deduções. Substituições
mais gerais. Unificação e
Substituições. Limitações (“occurs check”). Negação da conclusão e sua passagem
para a forma clausal. Derivação da claúsula vazia. Exemplos de aplicação.
O paradoxo do barbeiro. Breve introdução à sua “história” e relação com a
semi-decidibilidade da Lógica de 1ª ordem e o problema da paragem (teoria da
computação). Sua demonstração por Resolução. Factorização de Cláusulas.
(18)
30 Nov 2002
Métodos de Demonstração
com Quantificadores. A instanciação
universal e sua introdução em sistemas de dedução natural (Fitch) através da
regra de eliminação do quantificador universal. Exemplo de aplicação. A
generalização existencial e a introdução do quantificador existencial.
Exemplificação com um argumento do mundo de Tarski. A instanciação existencial
como um método de atribuição de um “nome” ao objecto, que embora desconhecido, se sabe existir com uma
determinada propriedade. Cuidados a ter para que o nome atribuido a esse
objecto não permita a confusão com outros objectos já conhecidos. Cuidados a
ter na escolha de nomes arbitrários. Introdução da instanciação existencial no
Fitch como regra de eliminação do quantificador existencial. Comparação com a
Skolemização em Resolução.
(19)
3 Dez 2004
Métodos de Demonstração
com Quantificadores (cont.) A
generalização universal como método de inferência para atribuir aos objectos de
uma classe uma propriedade válida para um objecto arbitrário nessa classe. A
noção de escolha arbitrária de objecto de uma classe e sua exemplificação com
demonstrações no mundo de Tarski. Cuidados a ter na escolha de nomes
arbitrários. Introdução da generalização universal no Fitch como regra de
introdução do quantificador universal. Exemplo de deduções com fórmulas em que
aparecem vários quantificadores, de natureza diferente.
(20)
7 Dez 2004
Métodos de Demonstração
com Quantificadores (cont.) Comparação
da Dedução Natural com a Resolução. Alguns exemplos tais como o paradoxo do
barbeiro. A não observância de cuidados com os contextos/skolemização e a
dedução, errada, de fórmulas com troca da ordem dos quantificadores universal e
existencial. Introdução à axiomatização de um domínio. Axiomas como em regras
universais. O exemplo do mundo de Tarski. Demonstrações de consequências
analógicas através da explicitação dos axiomas do domínio. Exemplos com os
axiomas da forma e do tamanho no mundo de Tarski.
(21)
10 Dez 2004
Quantificação Numérica. Outros tipos de quantificação para além da
existencial e universal (determinantes tais como “quase todos”, “a maioria”,
“poucos”) e dificuldade (impossibilidade) em a exprimir através dos
quantificadores existencial e universal. A quantificação numérica através da
utilização de ambos os quantificadores e do predicado de igualdade. Quantificação
de um número mínimo, máximo e exacto de n objectos. Impraticabilidade de
utilização directa desta formalização e conveniência do desenvolvimento de
sistemas aritméticos e algébricos.
(22)
14 Dez 2004
Indução Matemática. Conjuntos definidos indutivamente (recursivamente).
Cláusulas de base, indutivas e de exclusão. Alguns tipos de expressões
regulares (somas) com números naturais e operadores. Os números naturais.
Demonstrações indutivas. Verificação pelos elementos de base das estruturas.
Verificação indutiva da propriedade, através da demonstração de que a validade
para um elemento genérico implica a validade para os elementos “seguintes. O
caso importante mas não exclusivo dos números naturais. Alguns exemplos de demonstrações
indutivas, nomeadamente a soma de séries geométricas e número de subconjuntos.